Os portos do Paraná vêm registrando números expressivos este ano. De acordo com o Departamento de Estatística da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), já foram movimentadas um total de 21,3 milhões de toneladas em mercadorias, número superior ao alcançado no mesmo período de 2003, quando foram movimentadas 20,6 milhões de toneladas.
Em todo o ano passado, o terminal paranaense movimentou 33,5 milhões de toneladas quebrando um recorde histórico, ultrapassando a marca de 28,5 milhões de toneladas registradas em 2002. De acordo com o superintendente da Appa, Eduardo Requião, a expectativa é superar em 10% esta marca até o final de 2004.
Os grãos continuam sendo os produtos mais movimentados pelo Porto de Paranaguá, mas além da soja, outra carga também vem sendo destaque este ano: o milho.
No início desta semana, o embarque de 58 mil toneladas do produto no navio “Iran Mazandaran”, de bandeira iraniana, determinou novo recorde batido pelo terminal paranaense. Com a operação, o Porto registrou, no acumulado no ano, 2,7 milhões de toneladas já embarcados em 2004. No mesmo período do ano passado, o terminal havia exportado 1,2 milhão de toneladas. Além de ter atingido mais que o dobro das exportações em relação ao ano passado, o terminal portuário já atingiu, em 8 meses, o total dos embarques de milho em 2003. Nos próximos dias, estes volumes serão ainda maiores, após o embarque das mais de 100 mil toneladas que serão carregadas nos dois navios que estão ao largo.
Outro ponto que pode evidenciar o aumento na movimentação de milho pelo Porto de Paranaguá é o incremento no número de caminhões carregados com o produto, que chegam diariamente ao Pátio Público de Triagem. Conforme informou o Departamento de Estatística, até está quarta-feira passaram cerca de 60 mil caminhões pelo pátio, enquanto que no mesmo período do ano passado foram cerca de 46 mil.
As primeiras exportações de milho pelo Porto de Paranaguá datam de 1964. Na época foram enviadas ao mercado externo cerca de 15 mil toneladas do produto. Dez anos depois, teve início a comercialização por cabotagem (entre portos domésticos). De lá para cá a quantidade de embarques oscilou bastante de acordo com o comportamento do setor agrícola. Entre os principais destinos da carga estão a Coréia do Sul (24%), o Irã (22%) e a Espanha (11%).