O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, anunciou ontem, durante entrevista concedida à imprensa, a criação da Companhia Paranaense de Dragagem, que deve ser formada a partir da reunião de esforços do governo do Estado, da Appa e da iniciativa privada. A companhia deve solucionar os problemas de dragagem dos Portos do Paraná e, ainda, dos municípios do litoral e de estados vizinhos, sem que o porto de Paranaguá precise realizar novas licitações.
Atualmente existem cinco dragas em operação no Brasil, pertencentes a três diferentes empresas, com capacidades de dragar entre 3 e 5 mil metros cúbicos. ?Com uma companhia paranaense poderemos ter uma draga adequada à nossa realidade e, ainda, prestar serviços para outros portos brasileiros.? O superintendente afirmou que a aquisição de uma draga pelo Porto de Paranaguá não representará custos adicionais aos usuários e que há recursos suficientes em caixa para a compra do equipamento.
A determinação acaba de ser feita pelo governador do Estado e ainda não há prazo para início da operação da companhia. Os detalhes técnicos devem ser definidos nos próximos dias pelo Departamento Jurídico da Appa.
Canal da Galheta
Enquanto isso, a autarquia vai realizar uma dragagem pontual no Canal da Galheta – que fica na entrada do Porto de Paranaguá. O processo terá início logo após o chamamento de empresas brasileiras interessadas em fazer o serviço, respeitando os níveis técnicos, de custos e de impacto ambiental. ?Já temos uma empresa afretadora de uma draga holandesa, que encerrou suas atividades no Porto de Itajaí e que poderá dragar os 2,8 milhões de metros cúbicos do canal a um valor de R$ 15,6 milhões. O governador do Paraná determinou ampla divulgação desta dragagem pontual para que outras empresas brasileiras possam competir com o preço apresentado?, comentou.
O prazo para a conclusão das campanhas de dragagem varia de 40 a 60 dias, dependendo de condições climáticas e operacionais. A dragagem pontual permitirá que a profundidade mantenha-se igual nos próximos dois anos.
As demais áreas a serem dragadas no porto precisam atender às exigências ambientais do Ibama, como a construção de diques de contenção, análise dos sedimentos e espaço para confinamento do material dragado. ?Vamos realizar a dragagem atendendo todas as determinações ambientais e com o objetivo de manter a navegabilidade segura. Nosso propósito é continuar promovendo uma logística de qualidade?, disse o superintendente da Appa. (AEN)