A Petrobras ampliará sua fatia na Braskem dos atuais 6,8% para até 25% após a consolidação do pólo petroquímico do Sul. A informação foi dada hoje pelo vice-presidente de finanças e relações com investidores da Braskem, Carlos Fadigas. Braskem e Petrobras dividirão a empresa petroquímica do grupo Ipiranga (IPQ) e sua participação na Copesul. Segundo Fadigas, a idéia é que, concluído o processo de aquisição e fechamento de capital das empresas, a Petrobras troque suas participações nas duas por ações da Braskem, aumentando sua fatia na maior petroquímica brasileira.
O próximo passo seria extinguir a IPQ e a Copesul, para que a Braskem controle diretamente os ativos do Sul. "Não faz sentido que tenhamos três empresas do mesmo setor com os mesmos sócios", disse Fadigas, afirmando que a consolidação de todos os ativos na Braskem garante benefícios fiscais para o grupo. "Não precisaríamos mais passar um cheque para a Copesul endossar e pagar um fornecedor. O pagamento poderá ser feito diretamente", exemplificou.
Fadigas afirmou que a turbulência nos mercados financeiros não tem efeitos nocivos sobre a companhia neste momento. Pelo contrário, afirmou, o aumento do dólar e a queda do preço do petróleo podem ser benéficos, uma vez que boa parte da receita da empresa está atrelada à moeda norte-americana – seja por estar voltada às exportações, seja por acompanhar preços internacionais.