economia

Políticas de afrouxamento monetário não elevaram a desigualdade, diz Bundesbank

O programa de compras de bônus e outras políticas de “dinheiro fácil” do Banco Central Europeu (BCE) provavelmente não pioraram a desigualdade na zona do euro, afirmou hoje o banco central alemão.

Em relatório, o Bundesbank rebateu as preocupações de que os bancos centrais estão tomando um papel cada vez maior na redistribuição da riqueza, em favor dos riscos, argumentando que, ao passo que essas políticas ajudaram a inflar os preços das ações e dos imóveis, elas também deram suporte ao crescimento econômico e o emprego e, portanto, ajudando os mais pobres.

“Parece bastante duvidoso que as medidas especiais (do BCE) nos últimos anos tenham incrementado a desigualdade em um contexto amplo”, afirmou a instituição.

Com o embarque de diversos bancos centrais ao redor do mundo nesse tipo de medida de intervenção nos mercados financeiros, cresceu o debate sobre se esse tipo de política ajuda um grupo da sociedade – os mais ricos, que investem no mercado de ações e bônus – em detrimento de todos os outros.

O relatório desta segunda é também o mais novo esforço do Bundesbank para defender o BCE e sua independência em meio críticas, por parte da classe política, de que anos de taxas ultra baixas de juros estão prejudicando poupadores e aposentados.

Na quinta-feira, o presidente do BC alemão, Jens Weidmann – um crítico de longa data da política de compra de bônus do BCE – defendeu a medida, argumentando que ela pode elevar a criação de postos de trabalho e a geração de receita trbutária.

“Cidadãos não são, via de regra, apenas poupadores, mas também trabalhadores, acionistas, contribuintes e donos de imóveis”, disse. Fonte: Dow Jones Newswires.

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