O ministro de Finanças do Japão, Taro Aso, elogiou nesta terça-feira o mais recente comunicado do grupo das sete economias mais industrializadas do mundo (G-7), dizendo que o restante do grupo entende que Tóquio não está tentando manipular a taxa cambial do iene para tirar vantagem das exportações.

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“Tem havido opiniões de que nossas medidas contra a desaceleração econômica provocada pela deflação visam alterar as taxas de câmbio”, afirmou Aso a repórteres. “Mas esse não é o caso, e restante das nações (do G-7) entendeu corretamente isso. Nesse sentido, o último (comunicado) é significativo”, disse.

“O Japão, que tem um Banco Central estável e um governo estável, deve fazer declarações claras em um momento como esse, ou desnecessariamente dará ao restante do mundo um motivo de preocupação sobre os aspectos das políticas econômicas e monetárias. Queremos evitar isso a qualquer custo, e é esse o papel que devemos desempenhar”, acrescentou o ministro.

Separadamente, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, encorajou, em declaração, as maiores empresas do país a aumentar os salários dos seus funcionários, em um esforço para quebrar o ciclo de pessimismo que tem dificultado o crescimento econômico do país. “Finalmente estamos vendo sinais de esperança” na economia, afirmou Abe às principais organizações do país.

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Empresários, que reagiram com entusiasmo ao enfraquecimento do iene, deram uma resposta bem mais fria à última iniciativa de Abe. Ainda assim, há sinais de que a campanha de Abe está funcionando, pelo menos com alguns empresários.

A rede de varejo Lawson anunciou na semana passada que elevará em quase 3% a remuneração – por meio de bônus, não aumentos salariais – de cerca 3.300 funcionários em período integral na faixa de 20 a 40 anos de idade a partir de abril. A medida é uma resposta às políticas implementadas pelo premiê. Um porta-voz da empresa não soube especificar a última vez que a companhia concedeu tal benefício aos empregados. As informações são da Dow Jones.

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