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Política de financiamento estudantil gerou passivo ao Tesouro, diz Meirelles

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, comentou nesta quarta-feira, 21, que a política de financiamento estudantil adotada pelo governo em 2010 com o Programa de Financiamento Estudantil (Fies) gerou um elevado passivo para o Tesouro Nacional, que agora está sendo revertido com as novas regras para o programa.

“É muito importante que os programas de financiamento tenham sustentabilidade”, afirmou Meirelles, em palestra no Seminário Internacional sobre Financiamento Estudantil.

O ministro lembrou que o estoque de contratos do Fies saltou de 200 mil em 2010 para 1,9 milhão em 2015 e que o custo de subsídios do Tesouro para o Fies saltou de R$ 1,9 bilhão em 2011 para R$ 32,2 bilhões em 2016, numa trajetória não sustentável. Além disso, o risco dessas operações ficava praticamente apenas com o governo.

“Temos também de garantir o comprometimento da instituição educacional com o programa. O uso melhor desses recursos pode reduzir a carga de impostos da sociedade”, avaliou Meirelles. “O novo Fies tem melhor governança e respeita a capacidade de pagamento das famílias. A reforma d programa preservou o acesso dos estudantes com menor renda”, completou.

Para o ministro, o País ainda precisa melhorar a qualidade, a eficácia e o acesso à educação. “Estamos trabalhando para melhorar aspecto fundamental da educação, que é o financiamento. Isso permite o acesso à educação dos que têm menor renda, o que eleva a produtividade da economia brasileira”, afirmou.

O ministro ainda repetiu que o Brasil cresceu pouco mais de 1% em 2017 e deve crescer cerca de 3% em 2018, gerando 2,5 milhões de empregos. “Os números do crescimento da economia de dezembro foram impressionantes”, comentou. “Um dos problemas do Brasil é a estagnação da produtividade, e estamos atuando para melhorar a produtividade e a renda dos trabalhadores. A melhor política social é o emprego”, reafirmou.

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