Polícia deflagra operação contra fraudes em subsidiária da Eletrobras no RS

A Polícia Civil, em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou nesta quarta-feira, 28, uma operação para desarticular um grupo que fraudava processos licitatórios na Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), subsidiária da Eletrobras no Rio Grande do Sul. O trabalho teve como base o relatório de auditoria da CGU referente à CGTEE, relativo ao ano de 2013.

A investigação encontrou sinais de dispensa indevida de licitação, além de superfaturamento de materiais e compras feitas de empresas de fachada. Há indícios dos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, peculato, corrupção ativa e passiva, entre outros. A Operação Antracito cumpriu 20 mandados de busca e apreensão em prestadoras de serviço da CGTEE e em casas de funcionários públicos, bem como na sede da CGTEE em Porto Alegre e na usina localizada na cidade de Candiota.

As investigações apontam que, em determinadas compras efetuadas pela CGTEE, houve fracionamento de valores para que fosse permitida a dispensa de licitação. Desta forma, era possível direcionar as ordens de compras para determinadas empresas, caracterizando o seu favorecimento. “Uma das supostas empresas que vendeu para a CGTE, numa negociação com um valor bastante significativo, na verdade trata-se de uma casa humilde em Alvorada (município da região metropolitana de Porto Alegre)”, afirmou o delegado Joerberth Pinto Nunes, titular da Delegacia Fazendária da Polícia Civil. Ele acredita que as fraudes ocorram desde 2012.

Durante a ação foram apreendidos documentos referentes a compras e contratação de serviços. O valor do prejuízo será calculado após a análise do material confiscado. O diretor financeiro da CGTEE, Clóvis Ilgenfritz da Silva, nega que haja irregularidades na subsidiária da Eletrobras.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo