Polêmica da carne para exportação terminou

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse ontem em Curitiba que acredita que o imbróglio envolvendo a carne brasileira e a União Européia (UE) não deverá ter mais desdobramentos.

Segundo ele, as fiscalizações que estão sendo feitas por uma missão de veterinários europeus em fazendas de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e Espírito Santo – estados onde ficam as 106 propriedades liberadas para a importação de carnes – estão indo bem. Todas as vistorias devem ser feitas até 11 de março, e no dia 14 deve ser apresentado o resultado das inspeções.

O ministro voltou a criticar o processo burocrático imposto pela União Européia em relação ao controle de sanidade. ?Os consumidores europeus são muito rigorosos e exigem rastreabilidade não só em termos de carne. Sabemos que eles tiveram problemas com a doença da vaca louca, mas nós não temos esse problema, então entendo que houve exagero de exigências nas normas?, disse Stephanes. No entanto, ele ponderou que, ou o Brasil aceita as exigências ou não exporta para eles. E isso poderia influenciar a visão do País em outros mercados importadores, o que, segundo o ministro, não teria acontecido até agora.

As vendas foram interrompidas no dia 31 de janeiro, quando a UE se negou a aceitar a lista de 2.681 propriedades apresentadas pelo governo brasileiro como aptas a exportar o produto. Em dezembro, os europeus haviam limitado em 300 o número de exportadores, sob a alegação de deficiências na certificação e no rastreamento de origem do gado brasileiro.

Sobre a situação do Paraná, Stephanes adiantou que a os procedimentos para a liberação da venda da carne com o certificado de produto livre de febre aftosa já estão na França, e devem ser analisados entre março e setembro desde ano. Ele aposta que em 2009 o Estado estará liberado para retomar as exportações junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Em Curitiba o ministro também conheceu um projeto desenvolvido pelo Lactec para o rastreamento de animais. Batizado de Projeto Chip do Boi, traz como diferencial a propriedade intelectual brasileira, o que pode baratear o custo do sistema. 

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