Estimativas iniciais da Agência Nacional de Petróleo (ANP) apontam para uma reserva de 2 bilhões de barris na área do poço Franco, perfurado para encontrar o petróleo que será usado no processo de capitalização da Petrobras. A perfuração deve ser concluída nos próximos dias e o resultado final, anunciado pela agência em até duas semanas. O volume representa cerca de 15% das atuais reservas brasileiras de petróleo. Mas não seria suficiente para garantir a proposta de cessão onerosa de reservas pela União à Petrobras, que prevê a transferência de até 5 bilhões de barris. Assim, ANP e estatal terão de perfurar outros poços em busca de novas reservas, o que poderá atrasar ainda mais o processo de capitalização.

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Por enquanto, a estimativa de Franco vem sendo mantida em sigilo pela ANP, mas foi confirmada à reportagem por duas fontes próximas ao processo. Perfurado a nordeste da descoberta de Iara, na região do pré-sal da Bacia de Santos, o poço já atravessou dois reservatórios de petróleo. O último, a 5,4 mil metros e abaixo da camada de sal, foi anunciado na terça-feira.

Segundo as fontes, o poço atingiu um reservatório com 20 bilhões de barris de petróleo “in place” (termo que define toda a quantidade de petróleo no local, grande parte impossível de ser extraída). Desse total, 10% podem ser recuperados, segundo projeções iniciais da agência, por dificuldades técnicas de extração, chegando a um volume de reservas recuperáveis de 2 bilhões de barris.

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