Os Estados Unidos registraram um recorde na quantidade de pessoas que vivem na pobreza. Os números de 2012 contabilizam 46,5 milhões de pobres nos EUA, ante os 46,2 milhões registrados em 2011.

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Apesar do aumento no número absoluto de norte-americanos pobres, o país mantém há seis anos a taxa de 15% em relação à população total, segundo informações divulgadas nesta terça-feira pela Agência de Censo dos EUA.

A renda média anual da população norte-americana em 2012 ficou em US$ 51.017,00, mesmo índice registrado no ano anterior, após dois anos de queda. São consideradas abaixo da linha da pobreza famílias de quatro membros que vivem com renda anual inferior a US$ 23.492. A quantidade de pessoas sem seguro-saúde subiu 0,3 ponto percentual, de 15,4% para 15,7%.

“Estamos passando por um período de estagnação da economia. O normal para o futuro próximo serão os altos índices de pobreza e o aumento da desigualdade”, disse Timothy Smeeding, professor de economia na da Universidade de Wisconsin-Madison especializado em desigualdade de renda, à Associated Press. “O fato de não termos visto nenhuma verdadeira recuperação do emprego e dos salários significa que a economia está sufocando.”

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Os índices representam uma referência negativa para os planos de recuperação da economia norte-americana propostos pelo presidente Barack Obama. A última queda significativa na taxa de pobreza dos Estados Unidos ocorreu durante o governo Bush, em 2006, antes da crise imobiliária e da recessão. Segundo os dados do Censo, a diferença entre ricos e pobres no país tem-se alargado desde 2007, atingindo índices históricos nos últimos anos.

O relatório da agência norte-americana destaca ainda uma queda na taxa de desemprego no país. Os números do ano passado chegaram a 8,1%, após atingir 9,6% em 2010. Normalmente, a taxa de pobreza tende a acompanhar os números do desemprego. É por isso que tantos especialistas projetavam uma queda, ainda que modesta, na pobreza norte-americana para 2012.

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Na segunda-feira, Obama chamou atenção para o que ele descreve como melhorias na economia. O presidente americano destacou o aumento de 2,8% no produto interno bruto (PIB) do país e garantiu que congressistas republicanos prejudicariam os recentes ganhos se eles se posicionassem contra a provação do orçamento federal para o ano que vem. Fonte: Associated Press.