Rio – As exportações para a Ásia deverão ser prejudicadas nos próximos meses por causa da síndrome respiratória aguda grave (Sars), que vem sendo chamada no Brasil de pneumonia asiática. A avaliação é da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Os efeitos negativos deverão surgir num prazo de dois a cinco meses, conforme o produto.

Segundo o diretor-executivo da AEB, José Augusto de Castro, os principais destinos do comércio exterior brasileiro então entre a recessão e um leve crescimento, caso da Europa e dos Estados Unidos. Já a economia que demonstrava maior potencial de crescimento para exportações, a China, sofre agora com a doença.

“A Sars já está dificultando e reduzindo as viagens para a região. O adiamento de viagens representa adiamento de negócios”, afirma o diretor da AEB. Além da redução das viagens a epidemia retira o foco do consumo da região, enfraquecendo a demanda.

Castro argumenta que os embarques atuais não estão sendo afetados porque foram contratados anteriormente. “Os negócios fechados hoje se transformarão em embarques dentro de dois a cinco meses”, afirma. O diretor da AEB explica que as vendas para a região têm avançado. A participação das exportações para a Ásia no total vendido pelo País até março foi de 14,1%, 2 pontos porcentuais acima do registrado ano passado no mesmo período.

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