A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua trará na divulgação de maio uma pesquisa qualitativa sobre a população nem-nem (que nem trabalha, nem busca emprego). O tema ganhou lugar nos debates sobre o mercado de trabalho ao longo de 2013 e 2014 devido a seu crescimento e a consequente influência positiva sobre a taxa de desemprego. Mesmo sem geração significativa de vagas, a taxa de desocupação permaneceu em patamares baixos e até caiu em função da menor procura por trabalho.

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“A população inativa está muito relacionada ao rendimento da população ocupada. Eles estão fora da força de trabalho porque o rendimento familiar propicia isso. De 2012 para cá, tem esse movimento”, explicou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar das hipóteses formuladas nos últimos meses, Azeredo disse que o tema ainda é muito obscuro. Por isso, o IBGE passou a questionar a população fora da força de trabalho (inativos) o porquê de eles não estarem em busca de emprego. “Pode ser por maternidade, ou porque está fazendo um curso. Vamos ter essas informações na próxima edição da pesquisa”, disse Azeredo.

A pergunta foi feita para todos os participantes que declararam estar desempregados e não buscam trabalho. A próxima divulgação da Pnad Contínua será no dia 7 de maio, com informações do primeiro trimestre de 2015. Mas a pesquisa também foi incluída na Pnad anual, que será divulgada em setembro deste ano, apenas para jovens entre 16 e 29 anos.

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Atividades

Além da pesquisa sobre os nem-nem, a edição do mês que vem da Pnad Contínua passará a incluir dados e emprego e rendimento por grupamento de atividade (indústria, comércio e serviços, por exemplo) e por forma de inserção (com carteira, sem carteira, conta própria, entre outros). Haverá ainda possibilidade de visualizar os dados por idade e sexo.

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