A produção industrial cresceu 1,8% em agosto, elevando o Índice Gerente de Compras (PMI) IHS Markit de 50 pontos em julho para 50,9 pontos no mês passado. Este indicador obedece a escala de zero a 100 pontos, com a marca de 50 pontos se estabelecendo como a linha divisória entre queda e crescimento.

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“Os fabricantes tiveram um bom desempenho na metade do terceiro trimestre, com os resultados mais recentes do PMI mostrando uma melhora na demanda por produtos brasileiros proveniente de mercados domésticos e externos”, disse a economista da IHS Markit e autora do relatório, Pollyanna de Lima nesta sexta-feira, 1º de setembro.

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De acordo com ela, os pedidos de fábrica mostraram um dos ganhos mais fortes em quatro anos e meio, enquanto o real relativamente fraco deu ímpeto às exportações. Esses fatores, continuou a economista, fizeram com que as empresas intensificassem a produção.

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No entanto, a economista ponderou que a expansão foi moderada. Nesta avaliação, Pollyanna destacou que a redução nos níveis de empregos de agosto foi uma das mais fracas no atual período de dois anos e meio de corte de vagas. “Os indicadores de preços subiram ao longo do mês, com os custos de insumos aumentando a um ritmo acima da tendência, ajudados por aumentos dos impostos, assim como dos preços de energia e de combustíveis”, emendou.

Ainda de acordo com a economista, os preços cobrados foram aumentados, com as empresas tentando proteger as margens de lucros. “Embora o Banco Central tenha dado indícios, em sua decisão política mais recente, de que a posição em relação à política de acomodação provavelmente continuaria nos próximos meses, os desenvolvimentos recentes na inflação podem significar cortes menores para a Selic ao nos aproximarmos do final do ano”, comentou Pollyanna.