PMI de Serviços do Brasil sobe a 44,4 em janeiro, revela Markit

O índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços no Brasil subiu a 44,4 em janeiro, de 43,5 pontos em dezembro, informou nesta quarta-feira, 3, a Markit. Com isso, o índice composto, que leva em conta também o PMI industrial, avançou para 45,1 pontos, de 43,9 pontos, atingindo o maior nível em dez meses.

O indicador, calculado pela consultoria internacional Markit, segue uma escala de zero a 100 pontos, sendo que graduações iguais ou maiores que 50 pontos são lidas como expansão da atividade, enquanto leituras abaixo desse valor são consideradas quedas. O indicador composto está abaixo de 50 pontos há 11 meses, a maior sequência desde o início da série, em 2007.

Em serviços, a leitura em dezembro ficou abaixo de 50 pontos nos seis setores monitorados. A queda mais acentuada foi observada em atividades de aluguel e negócios. As novas encomendas recuaram, enquanto as pressões inflacionárias ao produtor aumentaram. Os entrevistados dizem que essas pressões são resultado da alta do dólar e do aumento nos custos de água e energia. Assim, os repasses ao consumidor também ganharam força, com esse subíndice atingindo o maior nível desde outubro do ano passado.

Nesse cenário, as empresas de serviços continuaram reduzindo a folha de pagamento, enquanto o nível de encomendas pendentes segue em baixa, o que indica aumento da capacidade ociosa no setor. Mesmo assim, os gerentes de compra continuam otimistas, acreditando que a situação deve melhorar nos próximos 12 meses. Esse subíndice caiu em janeiro ante dezembro e está abaixo da média histórica, mas segue acima da marca de 50 pontos.

“Os dados do PMI mostram uma continuação do infortúnio econômico do Brasil. A crise vista em 2015 está sendo carregada para 2016, com drásticas reduções na produção, novas encomendas e emprego em janeiro”, afirma no relatório a economista da Markit Pollyanna de Lima. “Os últimos números apontam uma queda mais leve, mais especialmente no setor industrial, mas ambos (indústria e serviços) continuam firmemente em recessão. Enquanto os problemas estruturais continuam sem solução e as turbulências políticas persistem, o Brasil aparentemente cairá em uma depressão, com 2016 trazendo desafios ainda maiores para os empresários”, acrescenta.

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