O índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) composto do Brasil, medido pelo IHS Markit, subiu de 51,6 em julho para 51,9 em agosto. A marca acima dos 50 indica expansão da atividade. O resultado positivo foi determinado pelo avanço do índice industrial, que aumentou de 49,9 em julho para 52,5 em agosto, como já havia sido divulgado no dia 2. Já o PMI de serviços caiu de 52,2 em julho para 51,4 em agosto.
Embora com uma taxa menor, o volume de produção do setor de serviços se expandiu pelo segundo mês consecutivo. Segundo empresários do setor entrevistados pelo IHS Markit, as atividades aumentaram, mesmo que em ritmo menor, devido a um fortalecimento da demanda e à conquista de novos clientes.
De acordo com o IHS Markit, o crescimento nas vendas derivou do mercado interno, já que o número de novos pedidos para exportação apresentou queda em agosto pelo sexto mês consecutivo.
“Os provedores de serviços brasileiros se beneficiaram de condições econômicas favoráveis na metade do terceiro trimestre, com a atividade crescendo pelo segundo mês consecutivo. A demanda doméstica sólida deu ímpeto à entrada de novos trabalhos e sustentou o primeiro crescimento no nível de empregos desde fevereiro”, analisou a economista principal da IHS Markit, Pollyanna de Lima.
O IHS Markit pondera, no entanto, que o ritmo de criação de empregos foi “modesto”, com altas registradas apenas em duas categorias: serviços ao consumidor e finanças e seguros.
A economista Pollyana de Lima ressalta ainda que o otimismo em relação aos negócios diminuiu na comparação com o recorde de alta que havia sido registrado em julho, embora tenha permanecido positivo. Segundo ela, o otimismo foi “atenuado por preocupações em torno de privatizações, de concessões de aeroportos e de riscos colaterais de condições adversas na economia global.”
Ainda de acordo com Pollyana, os custos continuaram a pressionar a lucratividade dos provedores de serviços e os preços mais elevados de insumos foram repassados aos consumidores.