Plenário pode votar MP do Sacoleiro com alíquota de 25,8%

A Medida Provisória 380/07, conhecida como MP do Sacoleiro, é um dos destaques da pauta do Plenário, trancada por quatro MPs (378/07 a 381/07). Ela cria o Regime Unificado de Tributação (RUT) para a importação de mercadorias do Paraguai por via terrestre. O Plenário tem sessão marcada para a terça-feira (11), com Ordem do Dia às 16 horas.

Em bate-papo promovido pela Agência Câmara com internautas no dia 4, o relator, deputado Giacobo (PR-PR), anunciou que pretende reduzir a alíquota do RTU de 42,25%, segundo determina a medida, para 25,8%. Ele disse também que aumentará de R$ 300 para R$ 15 mil por pessoa o limite máximo de compras ao mês.

A MP do Sacoleiro enfrenta divergências dentro e fora do Parlamento desde sua edição. Os favoráveis à medida argumentam que ela disciplina o comércio com o Paraguai e evita o contrabando. Tanto empresários quanto parlamentares contrários dizem que o sistema de cotas criado por ela estimula o uso de "laranjas" para que o real comprador importe além da cota anual sem ser punido, o que provocaria concorrência desleal com a entrada de produtos de baixo preço vindos da China. O RTU beneficia somente micro e pequenos empresários participantes do Simples Nacional (Supersimples).

Receita Líquida

O primeiro item da pauta, entretanto, é a MP 378/07. Ela permite a estados e municípios descontar da base de cálculo da Receita Líquida Real (RLR) 15% dos mesmos impostos já usados antigamente para sustentar o Fundef, substituído pelo Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

A matéria retoma o texto da MP 339/06, vetada nesse ponto porque, quando tramitou no Congresso Nacional, os parlamentares aprovaram autorização para descontar a totalidade dos tributos alocados no Fundeb. Em 2009, eles chegarão a 20% daqueles já usados no Fundef e de outros impostos. A matéria conta com parecer favorável da deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), que recomendou a aprovação do texto original, sem modificações.

Registro de armas

Tranca ainda a pauta a MP 379/07, que prorroga de 2 de julho para 31 de dezembro de 2007 o prazo de renovação dos registros de armas feitos em órgãos estaduais até a data de publicação do Estatuto do Desarmamento (Lei 10826/03). A renovação deve ser feita por meio do registro federal da arma.

O texto também isenta das taxas de registro e de renovação do certificado de registro as armas de fogo de cano longo de alma raiada (rifles e carabinas) com calibre igual ou inferior a ponto 22 e as armas de cano longo de alma lisa (espingarda e cartucheira) com calibre igual ou inferior a 16.

A última MP trancando a pauta é a 381/07, que concede crédito extraordinário de R$ 6,33 bilhões a diversos ministérios para a continuidade de obras e ações relacionados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A maior parte dos recursos vem do superávit financeiro de 2006.

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