O futuro da One Foods, subsidiária criada pela BRF para cuidar da produção de alimentos destinados ao público muçulmano, só deve ser definido em 2018. A divisão se tornou uma das principais apostas da BRF para crescer e valorizar suas ações – ontem, elas estavam cotadas a R$ 42,93; um ano antes, a R$ 52,87.

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A BRF começou a se preparar no início de 2017 para estruturar a abertura de capital da One Foods no exterior, numa operação que, nos cálculos do alto escalão da empresa e de acionistas, poderia render US$ 1,5 bilhão.

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Os planos tiveram de ser adiados com o surgimento da Carne Fraca. A operação mirou frigoríficos do País e envolveu a BRF, que chegou a ter funcionários presos.

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Com isso, ganhou força entre acionistas a possibilidade de vender uma fatia diretamente a um investidor em vez de ir ao mercado, numa operação na Bolsa.

Mais recentemente, esse caminho passou a ser defendido também pela Tarpon, que tem 8,5% da BRF, e era uma das principais entusiastas da oferta pública de ações da One Foods.

A concretização do plano – seja qual for o caminho escolhido – esbarra, no entanto, em dois obstáculos. Primeiro, a BRF precisa recuperar o desempenho da One Foods. No segundo trimestre, a companhia apresentou margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de só 1,6% frente aos 15,2% registrados um ano antes.

Há ainda um debate intenso sobre como deve ser a relação entre BRF, que controla a produção e é dona das marcas, e a subsidiária, responsável pela venda nos mercados do Oriente Médio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.