O governo federal confirmou hoje que o Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012 terá R$ 107,2 bilhões para financiamento de custeio e investimentos, além de linhas especiais de crédito para agricultura empresarial. O volume de recursos é 7,2% maior que os R$ 100 bilhões destinados no ano-safra 2010/2011 e deve atender a uma produção de 169,5 milhões de toneladas de grãos e oleaginosas, alta de 5% sobre as 161,5 milhões de toneladas previstas para a safra atual.
O governo confirmou que irá manter R$ 16 bilhões de recursos para a agricultura familiar, o que eleva o total de recursos do Plano Safra para R$ 123,2 bilhões. Do total para a agricultura empresarial, R$ 80,2 bilhões irão para o custeio e comercialização da safra, alta de 6,08% ante os R$ 75,6 bilhões de 2010/2011. Do total para custeio e comercialização, R$ 64,1 bilhões terão juros controlados e R$ 16,1 bilhões juros livres.
Já os recursos para investimentos da agricultura empresarial somarão R$ 20,5 bilhões, alta de 13,9% ante os R$ 18 bilhões da safra passada. As linhas especiais saltarão 1,56% entre os períodos, de R$ 6,4 bilhões para R$ 6,5 bilhões. “São recursos que não são linha rural, mas que o governo consegue viabilizar a juros de 6,75% ao ano, como Programa de Sustentação de Investimentos”, disse Wilson Araújo, coordenador-geral de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, em Ribeirão Preto (SP).
Ainda de acordo com Araújo, do total de R$ 100 bilhões disponibilizados no orçamento de 2010/2011, entre R$ 92 bilhões e R$ 96 bilhões estarão efetivados no ano-safra. O plano para o ano-safra 2011/12, que começa em 1º de julho, será apresentado oficialmente amanhã, às 10h30, em Ribeirão Preto, em um evento que terá a presença da presidente Dilma Rousseff, do vice-presidente Michel Temer, do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.