São Paulo (AE) – A proposta do vice-presidente interino de agronegócios do Banco do Brasil, Dercí Alcântara, de ampliar o plano de safra e criar uma linha de financiamento do setor com período de quatro anos não ficará restrita ao banco estatal. A idéia, que ainda está em fase de estudos e precisa ser aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), pode servir de alternativa a outros agentes financeiros interessados em financiar o agronegócio e pode já constar no Plano Agrícola e Pecuário da safra 2007/08, que deve ser anunciado em junho de 2007.
De acordo com fontes do Banco do Brasil, a proposta apresentada por Alcântara, na semana passada, é de que alguns produtores, selecionados segundo o histórico e o perfil, tenham uma espécie de crédito pré-aprovado e rotativo junto aos bancos com prazo de quatro anos e renovado automaticamente conforme sejam quitadas as primeiras retiradas. ?Não seria uma obrigação, mas uma opção a mais para os bancos privados?, afirma a fonte.
Na avaliação do assessor técnico da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Ademiro Vian, a liberação de crédito para o setor agrícola deveria ser constante e não ter um prazo como propõe a diretoria do Banco do Brasil. ?Ainda não fomos chamados para conversar e por isso não é possível fazer uma análise do plano, mas acredito que o crédito deveria ser eterno e não de quatro ou mais anos?, afirma Vian.
Para o representante dos bancos, o ideal é que houvesse uma taxa de juros adequada em que o produtor pudesse captar recursos no banco que lhe oferecesse as melhores condições e serviços.
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