O Ministério de Minas e Energia (MME) lançou hoje o Plano Nacional de Mineração 2030, que prevê investimentos de US$ 350 bilhões no setor. Os investimentos incluem pesquisa mineral para expansão ou descoberta de jazidas e em mineração e transformação mineral (metalurgia e não metálicos), em sua maioria originários da iniciativa privada.
Segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, esse é o quarto plano de mineração do Brasil, mas o primeiro com horizonte de 20 anos. Ele comparou o plano a uma “bússola”, a um GPS, para dar as diretrizes de investimento e ampliação do setor.
Lobão disse que só em 2010 o faturamento da mineração no Brasil foi de US$ 150 bilhões, com peso de 25% nas exportações brasileiras. O ministro observou que o texto final do plano é fruto de um processo de consulta ampla perante a sociedade. “Ou nós fornecemos ao Brasil energia farta e segura e a preços baixos, tanto quanto possível, e ao lado disso a mineração racional, ou então não iríamos muito longe”, afirmou.
O ministro disse ainda que o Brasil está no caminho para ampliar o parque de usinas térmicas nucleares. Segundo ele, as reservas de urânio somam 1,3 milhão de toneladas que valem cerca de US$ 100 bilhões. “Tratávamos essas coisas sem nem sequer ter conhecimento dela”, disse. O ministro lembrou que, em 2009, com a descoberta do pré-sal, o Brasil foi convidado pela primeira vez a participar das reuniões da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Segundo Lobão, o País continua sendo convidado para esses encontros, já que, com a descoberta das grandes reservas de petróleo em águas profundas, o Brasil passou a figurar entre os maiores produtores mundiais. “Estamos inseridos, também, como os maiores produtores de minério no mundo.”