Cerca de 470 pessoas aderiram ao plano de demissões voluntárias (PDV) da fábrica da Renault, em São José dos Pinhais. A informação é do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC). A companhia não se manifestou sobre a adesão ao programa, que começou em 22 de janeiro e foi concluído no último dia 13.
A montadora vem reduzindo seu quadro de pessoal desde o ano passado, quando 500 trabalhadores temporários não tiveram seus contratos renovados e deixaram a empresa. Agora, após o PDV, o número de funcionários caiu para aproximadamente 5,5 mil.
Os metalúrgicos dispensados trabalhavam nas linhas de produção de carros de passeio e veículos utilitários. Além das verbas rescisórias legais, eles receberam um salário para cada ano completo trabalhado na empresa e terão direito a seis meses de plano de saúde.
Crise disseminada
O corte de pessoal da Renault foi o maior dos últimos meses entre as montadoras paranaenses. Em dezembro, a fabricante de ônibus e caminhões Volvo demitiu cerca de 200 pessoas e, em janeiro, a Case New Holland (CNH) dispensou 270 funcionários.
A fábrica paranaense da Volkswagen, por sua vez, tem mais de 400 trabalhadores com os contratos suspensos, no regime de layoff. Os demais estão em férias coletivas porque a empresa parou a produção por um mês, até meados de março, para preparar suas linhas para a montagem de novos modelos.
A indústria automotiva do Paraná demitiu quase 5 mil pessoas no ano passado, já descontadas as contratações, segundo o Ministério do Trabalho.
O segmento com o maior corte foi o de peças e acessórios, que dispensou 2.939 mil trabalhadores. As montadoras de automóveis demitiram 987 funcionários. Em seguida, aparecem os fabricantes de cabines, carrocerias e reboques (369); máquinas agrícolas (358) e caminhões e ônibus (321).