O ministro do Planejamento, Esteves Colnago, disse que, sem a medida provisória que congelou o preço do diesel – a chamada bolsa caminhoneiro -, o espaço fiscal em relação à meta de déficit primário deste ano seria de cerca de R$ 8 bilhões. “A folga fiscal anterior de R$ 6,197 bilhões foi consumida após a greve dos caminhoneiros”, explicou.
O comentário foi feito após a divulgação do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 3º bimestre. O documento do Ministério do Planejamento confirmou a existência de um espaço fiscal de R$ 1,845 bilhão no Orçamento de 2018 em relação à meta fiscal deste ano de um déficit primário de até R$ 159 bilhões. Por outro lado, o espaço para aumento de despesas dentro do Teto de Gastos é de apenas R$ 666,6 milhões.
A secretária-executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, explicou que o relatório trouxe a retirada do leilão da Lotex da projeção de receitas deste ano. Os recursos estimados com o processo eram de R$ 548 milhões.
Por outro lado, o relatório incluiu a previsão de arrecadação da União com o leilão da usina de Porto Primavera, da Cesp. A participação da União é estimada em R$ 1,098 bilhão.