O planejamento estratégico da Petrobras para 2008-2012 foi considerado ?decepcionante? por instituições financeiras que acompanham os negócios da estatal. O termo aparece em relatórios distribuídos pelo banco americano Bear Sterns e pelas corretoras brasileiras Ágora e Ativa no dia seguinte à divulgação do plano. Em geral, o mercado financeiro critica as projeções de aumento de custos mesmo que as metas de produção tenham caído em relação ao plano anterior. O Bear Sterns chegou a reduzir em US$ 6 o preço-alvo das ações para 2008.
As cobranças foram repetidas para o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, em reunião com investidores ontem em Nova York. O executivo reafirmou que o aumento de custos afeta o setor petrolífero como um todo e deve ser compensado pelo crescimento da empresa no longo prazo. Gabrielli ponderou que o plano foi aprovado esta semana e ainda está em fase inicial de avaliação pelos investidores.
?Mais uma vez, a Petrobras elevou as metas de custos de refino e extração, assim como o montante dos investimentos no período. Por outro lado, as metas de produção foram reduzidas (para 2015) ou estagnadas (entre 2011 e 2012)?, resumiu a Ágora. O texto ressalta que a meta de produção para 2015 caiu 8,85% ante o ano anterior. O Bear Sterns acrescenta que as projeções de produção internacional caíram 30%, sem mais esclarecimentos.