Planejar como e onde gastar o dinheiro. Esta é uma tarefa nada fácil para a maioria dos brasileiros, que não tem a cultura da educação financeira. Em geral, as pessoas adquirem bens e produtos por meio de prestações e, na maior parte das vezes, só pensam no valor de cada parcela, esquecendo dos juros que podem estar embutidos no preço. Alguns até mesmo acabam pagando as parcelas com o cheque especial e, quando se dão conta, já estão “afogados” em dívidas.

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Para situações como esta a única maneira de salvar as finanças é o planejamento. Seja colocando no papel o quanto de dinheiro tem para gastar e no que precisa gastar, seja utilizando a calculadora ou mesmo um programa de internet.

Para tentar ajudar quem não sabe por onde começar, o engenheiro Marcelo Kimura, da empresa M-Econ, criou o site www.minhaseconomias.com.br. Neste endereço as pessoas podem, gratuitamente, fazer o controle de suas finanças, a curto, médio e longo prazo.

Segundo Kimura, a ideia é não só auxiliar nos cálculos, mas acima de tudo criar a cultura do planejamento financeiro, independentemente da classe social. “Trata-se de uma mudança de comportamento. A maioria das pessoas perde o controle da onde está indo seu dinheiro porque não tem a cultura de planejar, que é mais simples e mais seguro. Dá para comparar com um problema grave de saúde. Quando a pessoa está bem mal, ela se obriga a mudar alguns hábitos”, analisou. O site está funcionando gratuitamente há duas semanas, e não solicita muitos dados do usuário para o cadastro.

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Na opinião do economista e diretor de Negócios da Partner Consulting, Rui Rocha, para iniciar o planejamento é preciso ter em mente quatro pontos fundamentais: definir prioridades, ter disciplina para aplicar o dinheiro somente nelas, fugir dos juros abusivos e, por último, ser prudente. E tudo isso pode ser feito com uma caneta e um papel para fazer os cálculos. Para ele, é muito mais vantajoso planejar do que consumir com prestações.

“Muitos brasileiros trabalham em função da dívida, para pagar a parcela da prestação, quando deveriam planejar, guardar o dinheiro e só depois consumir. Quem poupa explora melhor na hora da compra e tem mais satisfação. Podemos e devemos consumir, só que de forma planejada. O brasileiro não tem a cultura do planejamento financeiro, infelizmente”, afirmou.

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Sugestões podem ser enviadas para economia@oestadodoparana.com.br