A comissão de especialistas independentes criada pelo Ministério do Planejamento para apurar erros na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2013 (Pnad) terá mais 30 dias para concluir os trabalhos. A ampliação do prazo consta de portaria assinada pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Segundo o documento, os trabalhos ainda poderão ser prorrogados novamente em ato da ministra, “mediante solicitação justificada” da comissão.
A comissão independente foi instituída no dia 23 de setembro, com prazo de dois meses para a investigação. A decisão do Planejamento de criar a comissão foi uma reação à polêmica causada após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciar no dia 19 de setembro erro no tratamento dos dados da Pnad 2013, divulgada um dia antes.
Depois de revisar os dados, o Instituto revelou que, em vez de subir ligeiramente, a desigualdade de renda caiu um pouco, enquanto o rendimento médio do trabalho cresceu 3,8%, em vez dos 5,7% divulgados. O IBGE informou, na ocasião, que o erro afetou os resultados de sete Estados: Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
A Casa Civil da Presidência da República também abriu sindicância sobre o caso, mas já encerrou os trabalhos. Como conclusão, o ministro da pasta, Aloizio Mercadante, decidiu arquivar o processo.
Conforme despacho publicado no Diário Oficial da União no dia 12 de novembro, Mercadante acatou o relatório final da Comissão de Sindicância Investigativa criada na Casa Civil para apurar o assunto, “que conclui pela desnecessidade de tratamento dos fatos apurados em sede disciplinar, com arquivamento do feito”.
No relatório, a comissão ainda decidiu pela “apresentação ao IBGE de recomendações com vistas ao aprimoramento dos controles para mitigação dos riscos do processo de produção de informações estatísticas”.