Piso regional vale para os salários de maio

Os trabalhadores paranaenses que pertencem a categorias não organizadas e que não têm negociação salarial coletiva já começam a receber seus salários com base no novo piso regional do Estado, que varia entre R$ 427,00 e R$ 437,80. O piso regional foi aprovado no mês passado e passou a valer já para os salários de maio.

A categoria beneficiada de imediato com o novo salário mínimo e uma das mais numerosas é a dos empregados domésticos. São 380 mil trabalhadores no Estado que prestam serviços a outras pessoas físicas como empregadas domésticas, caseiros, jardineiros, motoristas e até piloto de avião. Desses empregados, segundo a presidente do Sindicato dos Empregados Domésticos, Reginalda Oliveira, 85 mil têm registro em carteira.

Negociação

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) já está negociando novos contratos coletivos com base no piso regional do Paraná, aprovado no mês passado. O novo piso regional do Paraná, que varia entre R$ 427,00 a R$ 437,80, começa a ser pago hoje.

Nas categorias de trabalhadores com negociação coletiva este mês, assessorados pelo Dieese, os sindicatos estão adotando o salário mínimo regional como referência para elevar o salário de ingresso.

Fazem parte desse grupo os sindicatos das Indústrias de Fiação e Tecelagem de Curitiba, das Indústria do Cal, das Indústrias do Mate e das Indústrias de Panificação de Curitiba. Segundo o economista do Dieese, Sandro Silva, está havendo resistência dos patrões para adotar o novo salário mínimo regional como ingresso. Mas a tendência é que essas categorias paguem acima do piso, a partir de seis meses de trabalho, informou.

O economista reiterou, porém, que é a partir de agora, nas novas convenções coletivas de trabalhadores que o salário mínimo regional começa a influenciar nas negociações. Dos 100 sindicatos filiados à Força Sindical, 95% já ganham acima do salário mínimo regional. A entidade se envolveu na luta pelo estabelecimento do piso regional no Paraná, pelos benefícios gerados para a macroeconomia. (AEN) 

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