A Assembléia Legislativa aprovou um reajuste de 5,98% para o piso regional de salários do Rio Grande do Sul, retroativo a 1º de maio, em votação feita na noite de terça-feira. O índice foi apresentado em emenda da base governista e é maior do que os 3% propostos originalmente pela governadora Yeda Crusius (PSDB).
O mínimo da faixa 1, para trabalhadores da agricultura e pecuária, empregados domésticos e da indústria extrativa, passa de R$ 405,95 para R$ 430,23. O piso será alterado de R$ 415,32 para R$ 440,16 na faixa 2 (indústria de vestuário e calçados), de R$ 424,68 para R$ 450,08 na faixa 3 (indústria do mobiliário e química) e de R$ 441,86 para R$ 468,28 na faixa 4 (indústria metalúrgica e artefatos de borracha).
A decisão dos deputados foi criticada por todos os interessados no assunto. Os empresários defendiam o reajuste proposto pelo governo e seguem pedindo a extinção do piso regional. As centrais sindicais queriam uma reposição de 19,8% e queixam-se da defasagem de reajuste do mínimo estadual em relação ao reajuste do mínimo nacional. Quando foi criado, em 2001, o piso gaúcho valia 28% mais que o brasileiro. Em 2007 ainda é superior mas em apenas 13%. Os novos valores ainda dependem da sanção da governadora.