Rio
– A produção de peixe de água doce poderá ser financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Ontem, o presidente do banco, Carlos Lessa, colocou-se à disposição da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca para financiar a atividade em parques de produção a serem implantados em barragens, como a da Central Hidrelétrica de Furnas, em Minas.A informação é do ministro José Fritsch. Segundo ele, há necessidade de linhas de crédito bem definidas, como as já existentes para a pesca do camarão, e de procedimentos que permitam estabelecer o sistema produtivo, envolvendo a organização da produção, da industrialização e também o mercado.
O ministro informou que, com a definição dos locais das barragens, prevista para janeiro de 2004, será organizada a cadeia produtiva, com a construção de frigoríficos, para implantação de parques aqüícolas no País. Projetos para construção desses frigoríficos, com capacidade de abate de até 90 toneladas de peixe por dia e custo de R$ 3 milhões, dependendo do empreendimento, poderão vir a ser apoiados pelo BNDES.
Fritsch revelou que não haverá cota de recursos do banco para a ampliação da pesca no Brasil, conforme lhe garantiu o presidente do BNDES. Poderão ser utilizadas linhas de crédito preestabelecidas, como a da Finame, ou outras possibilidades. À medida que os projetos forem sendo apresentados e desde que cumpram os requisitos exigidos, inclusive ambientais, terão o aval do banco, visando ao desenvolvimento da piscicultura de água doce no País, disse o ministro.
