Representantes da Câmara Setorial da Piscicultura do Paraná estiveram reunidos ontem com deputados estaduais, consumidores, supermercadistas e técnicos da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, na Assembléia Legislativa, para definir as principais reivindicações do setor. As propostas serão anexadas ao relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Alimentos.

De acordo com o gerente da Câmara Setorial, Elói Kuhn, o principal entrave para o desenvolvimento da piscicultura é o preço. Na Região Oeste, responsável por 48% da safra estadual, entre os meses de abril e maio deste ano o custo para produzir um quilo de tilápia variou de R$ 0,90 a R$ 1,20, mesmo valor pago pelas indústrias. O consumidor final paga hoje entre R$ 9,00 e R$ 10,00 pelo quilo do filé de peixe.

Outro entrave é a falta de organização dos produtores e de condições para atender o mercado com regularidade. Elói Kuhn sugeriu como uma das soluções a iniciativa já colocada em prática por 25 pequenos e médios produtores da Região Metropolitana de Curitiba, Ponta Grossa e Litoral, com assistência técnica da Emater.

A piscicultura é considerada uma das atividades mais rentáveis para pequenos produtores rurais, por garantir um bom retorno econômico por área ocupada. Mais de 22 mil produtores se dedicam à piscicultura no Estado. Na safra 2000/2001, a produção foi de 17,5 mil toneladas de peixes, colocando o Paraná entre os três maiores produtores do país.

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