Pirataria tira milhares de empregos formais do País

O contrabando e a pirataria têm tirado a oportunidade para que milhares de brasileiros ingressem no mercado formal de trabalho do País. A declaração é do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, que esteve na semana passada em Foz do Iguaçu para acompanhar as ações de combate ao crime organizado na fronteira com o Paraguai.

Rachid considera a região estratégica do ponto de vista do combate à pirataria e ao contrabando. “Foz, que já teve sua economia baseada no turismo, passou a ser fator de preocupação em todo o País”, declara o secretário. “Milhares de empresas são fechadas por não suportarem a concorrência desleal dos produtos importados ilegalmente.”

O secretário destacou que a Receita vem conseguindo grandes vitórias na batalha contra o crime organizado. Na sexta-feira (3), em Foz, por exemplo, foram destruídos 250 mil maços de cigarros e mais de meio milhão de CDs piratas ou falsificados.

Um dos resultados práticos tem sido a apreensão de ônibus que fazem contrabando por meio de Foz do Iguaçu. De janeiro a agosto de 2004 foram apreendidos 204 ônibus de “muambeiros”. Estima-se que esses veículos, juntos, transportavam por ano R$ 1 bilhão em mercadorias.

“Conseguimos aplicar um fortíssimo golpe no contrabando e no descaminho. Estamos tirando deles o meio de transporte”, disse o delegado de Foz, José Carlos de Araújo, que pretende tirar de circulação até o final do ano metade da frota estimada em 1.000 ônibus que transportam mercadorias irregularmente.

Resultados

Os resultados da Receita em Foz do Iguaçu mostram que a pirataria e o contrabando estão passando por dias difíceis. De janeiro de 2004 até hoje foram destruídos 30 milhões de maços de cigarros e mais de 600 mil CDs piratas ou falsificados. No total, a apreensão de mercadorias e veículos na região da tríplice fronteira superou a marca dos R$ 52 milhões.

O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, afirmou que a Receita está aumentando cada vez mais seus esforços no combate à pirataria. “No primeiro semestre deste ano o volume de destruição de mercadorias chegou a R$ 39,3 milhões. Isso significa um aumento de 42% em relação ao mesmo período no ano passado”, disse Rachid.

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