Apesar de ter apresentado um crescimento de 0,5% no nível de emprego formal, em março, o Paraná ainda está longe de recuperar os patamares atingidos no ano passado, quando atingiu um pico de 2,19 milhões de postos de trabalho ocupados.

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O Estado obteve, ainda, duas marcas negativas históricas no índice. No primeiro trimestre de 2009, o saldo de empregos, de quase 15 mil vagas, foi o pior desde 2001, para o período. E o resultado de março, de 10,8 mil vagas, é o pior para o mês desde 2003.

Os dados, que fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foram divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A entidade apontou que o aumento de 0,5% é o quinto maior do País, e superior à média nacional, de 0,11%.

O resultado se deveu principalmente ao desempenho do interior do Estado, onde o nível de emprego cresceu 0,81%. Em Curitiba e região metropolitana, a variação foi de apenas 0,06%.

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Mesmo assim, o Dieese ressaltou uma “alteração importante” na geração de empregos formais no Estado, com a capital apresentando, no acumulado dos últimos 12 meses, um crescimento do nível de emprego igual ao do interior (3,57%), o que não acontecia desde julho de 2005.

De acordo com o Dieese, em março foi observada a manutenção da desaceleração que já vem ocorrendo desde outubro de 2008. Houve, porém, uma melhora na diferença entre admissões e desligamentos, em relação aos primeiros meses do ano.

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Em janeiro, o saldo tinha sido de 1.592 vagas e, em fevereiro, de 2.494. Em março, a diferença ficou em 10.842. Com o resultado, o número estimado de trabalhadores com carteira assinada, no Paraná, é de aproximadamente 2,156 milhões.

Trimestre

Apesar do saldo trimestral de 14.928 vagas, apontado pelo Dieese como o pior do período desde 2001, o Paraná ainda obteve crescimento de 0,7% em relação ao período anterior.

Na comparação, o interior do Estado teve um aumento de 1,09% no nível de emprego, com a geração de 13.904 vagas – 93,1% dos postos gerados no Estado. Em Curitiba, o crescimento foi de 0,12%, com a geração de 1.024 postos de trabalho – 6,9% do que foi gerado no Estado.

O Dieese apontou, ainda, que no primeiro trimestre do ano a maioria dos setores teve aumento no nível de emprego. Os melhores desempenhos foram nos setores de serviços, administração pública e construção civil.

Já os piores aconteceram na indústria, com as áreas de madeira e mobiliário, com menos 1,8 mil vagas, mecânica (-881), de material elétrico e comunicação (-877) e metalúrgica (-805).

Considerando apenas março, os destaques positivos foram a indústria de transformação, a agropecuária e serviços, todas com saldos próximos a 3 mil vagas.