O crescimento global provavelmente será limitado em 2012 pela crise da dívida na Europa e a desaceleração da economia da China, segundo informou a Pacific Investment Management Company (Pimco), que administra o maior fundo de bônus do mundo, em uma nova projeção divulgada hoje. O relatório diz que a zona do euro deve enfrentar uma recessão no ano que vem, enquanto a economia chinesa deve esfriar um pouco, para uma expansão de 7,0%. De acordo com Saumil Parikh, diretor-gerente da Pimco, a economia global deve crescer entre 1% e 1,5% em 2012, abaixo da expansão de 2,5% prevista para este ano.

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A Pimco lembra que os países da zona do euro devem implementar rígidas medidas de austeridade, o que deve diminuir o crescimento entre 1,5 e 2 pontos porcentuais nos próximos dois anos. Juntamente com descontos (haircuts) em dívidas soberanas e defaults, isso deve fazer com que a economia do bloco encolha entre 1% e 1,5% em 2012.

A falta de crescimento pode ser ampliada ainda mais se bancos e países tentarem desalavancar fortemente seus balanços patrimoniais ao mesmo tempo, escreveu Parikh no relatório. “Para ser claro: a economia da zona do euro não pode suportar uma desalavancagem nos balanços patrimoniais soberanos e dos bancos, dada a já frágil projeção para o crescimento”.

Segundo o diretor da Pimco, é aí que o Banco Central Europeu (BCE) precisa intervir. Para ele, a autoridade monetária precisa se tornar um emprestador de última instância para os países da zona do euro, para ajudar a evitar um período no qual os investidores precisam vender ativos para pagar dívidas, o que derrubaria os preços dos ativos em um nível global. Entretanto, no momento as chances do BCE não intervir para evitar esse cenário são “desconfortavelmente altas”, diz Parikh. As informações são da Dow Jones.

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