Em dólares, o tamanho da economia brasileira diminuiu em um quarto no ano passado. Dados do IBGE e do Fundo Monetário Internacional mostram que o tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu 24,6% na comparação com 2014 quando convertido para a moeda norte-americana.
Levando-se em conta as estimativas do Fundo para o valor do PIB de 189 países, o Brasil foi ultrapassado pela Índia e Itália e, agora, passa a ser a nona maior economia do mundo.
A conversão do valor do PIB para dólares é uma das medidas mais comuns para comparar o tamanho das várias economias do planeta. Levantamento feito pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, mostra que, com essa referência, o tamanho da economia brasileira diminuiu mais de US$ 500 bilhões em um ano, para US$ 1,77 trilhão no ano passado a preços correntes.
A queda é explicada pela contração da atividade e também pela desvalorização do real – o que torna a riqueza produzida em reais menor quando transformada em dólares. A conversão foi feita com base no dólar médio do ano divulgado pelo Banco Central
Em 2014, segundo dados do FMI, o PIB brasileiro em dólares somou US$ 2,34 trilhões e era o sétimo maior do mundo – atrás de Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, Reino Unido e França, respectivamente. Com o número apresentado nesta manhã e confirmadas as previsões do Fundo para as demais economias, o Brasil cai duas posições na lista de 2015 ao ser ultrapassado por Índia e Itália.
Há apenas cinco anos, em 2011, o Brasil chegou a alcançar o posto de sexta maior economia do mundo ao deixar o Reino Unido para trás. O título foi festejado em Brasília em um período em que as economias ricas como a britânica ainda tentavam se desvencilhar do pior momento da crise global. Nesse período, o Brasil despertou a admiração mundial pelo sucesso na condução da economia, o que resultou em crescimento do PIB, valorização do real e ascensão social. O governo chegou a pregar que o País poderia ser a quinta economia do mundo em 2020.
Com os números atuais, a economia do Brasil precisaria crescer 62% em dólar para atingir o mesmo patamar da quinta maior economia do mundo. Em meio à avalanche de apostas de que a recessão continuará firme em 2016, o crescimento de mais de 50% para alcançar a promessa do governo é descartado até pelos analistas mais otimistas.