O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer 3,5% em 2012, mas poderia ter expansão de 4,5%, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A taxa de investimento em relação ao PIB permaneceria a mesma em ambos os casos, em torno de 20,54%, mas o que definiria a diferença seria a aceleração no ritmo de investimentos.

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No cenário atual, com o PIB de 2012 crescendo a 3,5%, a Formação Bruta de Capital (FBCF) encerraria o ano com expansão de 7,0%. Para conquistar um PIB de 4,5% no fim do ano, seria necessária uma taxa de FBCF a 8,0%.

“A taxa de investimento não determina uma taxa maior para o PIB. O que faz a diferença é acelerar o ritmo de crescimento dos investimentos (FBCF)”, afirmou Roberto Messenberg, coordenador do Grupo de Análise e Previsões do Ipea.

No cenário econômico atual, o Ipea prevê ainda uma expansão do PIB de 4,0% em 2013, acompanhada de um aumento de 8,0% na FBCF. Para 2014, o aumento deve ser de 4,5%, com um crescimento de 9,0% na FBCF.

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Caso o governo acelerasse o ritmo de investimentos, o aumento do PIB de 2013 seria de 4,7%, acompanhado pela FBCF de 8,8%. Já o PIB de 2014 aumentaria 5,0%, com uma FBCF em 9,7% no ano.

Em todas as comparações, a taxa de investimento em relação ao PIB subiria gradualmente, para cerca de 21,34% em 2013 e ao redor de 22,26% em 2014.

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Segundo Messenberg, a relação direta entre um aumento na taxa de investimento e uma expansão maior no PIB só seria verdadeira se o País vivesse uma situação de pleno emprego.

“Eu posso com as mesmas taxas de investimento ter um crescimento maior no PIB. É preciso que o ciclo de investimentos se acelere”, completou o coordenador do Ipea. “Os investimentos vão garantir que a oferta atenda à demanda sem causar inflação”.

O pesquisador ressaltou que, para acelerar o ritmo de investimentos, o governo deve dar uma direção aos investimentos, tanto públicos quanto privados.

“O governo deve investir mais em infraestrutura, mas também definir concessões, aprovar investimentos privados, fazer normas para que setores sejam explorados”, concluiu Messenberg.