O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira (4) que o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre deste ano deverá ser menor do que o resultado verificado nos primeiros três meses de 2008 e deverá ficar “mais ou menos” igual ao registrado de outubro a dezembro do ano passado. Ele reafirmou o compromisso com a meta de crescimento de 4% para 2009 e afirmou que “o Brasil não está em recessão, mas passa por uma desaceleração”.

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De acordo com o ministro, a economia brasileira apresentará um ritmo lento no primeiro semestre, acelerando o crescimento a partir da segunda metade do ano. Ele afirmou que o alcance da expansão de 4% dependerá do esforço que o governo está fazendo. “É o momento de ousadia. Não é o momento de ficar parado”, reforçou. Ele lembrou que o governo adotou medidas como a ampliação de recursos para viabilizar financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Questionado sobre os spreads bancários (diferença entre o juro do crédito e o custo de captação dos recursos pelos bancos), Mantega disse que o governo está estudando medidas para fazer com que o setor privado reduza os spreads, pois os bancos públicos, segundo ele, já estão reduzindo. De acordo com o ministro, spreads menores significam uma menor dependência dos financiamentos do BNDES.

Fundo Soberano

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Mantega admitiu que o Brasil poderá usar ainda neste ano os recursos do Fundo Soberano para dar suporte aos investimentos. “O Fundo Soberano é uma poupança para ajudar em épocas de vacas magras. Se 2009 for um ano de vacas magras, poderemos usar o Fundo para apoiar investimentos”, disse o ministro, ressaltando que o Fundo dispõem atualmente de cerca de R$ 14 bilhões.