O Pibiu, resultado mensal da atividade econômica brasileira calculado pelo Itaú Unibanco, subiu 0,2% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal. É a primeira alta após quatro quedas consecutivas. Na comparação com julho do ano passado, houve queda de 3,5%. A variação acumulada em 12 meses passou para -1,3%, de -1,1% em junho.
Segundo o Itaú, apesar da leve melhora em julho, na margem, isso não compensa a forte queda de 1,3% registrada em junho. “A retração permanece disseminada. A média móvel de três meses da difusão do índice segue próxima ao seu menor nível desde 2009. Os fundamentos continuam apontando para contração da atividade econômica nos próximos meses, reforçando uma queda da atividade econômica no terceiro trimestre”, diz o banco.
Houve aumento em cinco de um total de dez índices que compõem o Pibiu. Observando-se a desagregação por atividades, os destaques foram as vendas no varejo ampliado (+0,6%), serviços de transporte (+0,9%) e a proxy de agropecuária (+1,1%). Pelo lado negativo, houve queda de 1,4% na produção da indústria de transformação.
Para agosto, os indicadores coincidentes acompanhados pelo Itaú (produção de veículos, movimento de veículos pesados nas estradas, expedição de papelão ondulado, entre outros) indicam queda na produção industrial e contração também nas vendas no varejo ampliado. Assim, o banco estima que o Pibiu deve apresentar retração de 0,5%.
“A confiança dos empresários e consumidores em mínimo histórico e a piora persistente dos indicadores do mercado de trabalho apontam para continuidade da fraqueza na atividade econômica nos próximos meses”, diz o Itaú. A estimativa é de que o PIB oficial do terceiro trimestre, calculado pelo IBGE, tenha queda de 0,8% ante o segundo trimestre.