O Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina cresceu 0,5% no quarto trimestre de 2016 ante o trimestre anterior, informou nesta terça-feira a agência nacional de estatísticas do país. A recuperação, embora modesta, ocorre no momento em que analistas preveem crescimento de 3% neste ano no país, graças ao avanço na produção agropecuária, na construção e na energia.
Por outro lado, os argentinos mostram-se mais cautelosos sobre os resultados das políticas pró-negócios do presidente Mauricio Macri. O economista-chefe da consultoria Management & Fit, Matías Carugati, afirmou que a economia argentina atingiu um vale no terceiro trimestre de 2016, para começar a se recuperar depois.
A economia argentina, porém, sofreu contração de 2,1% no quarto trimestre de 2015 e encolheu 2,3% em todo o ano de 2016. A desvalorização cambial e a inflação forte levaram a população e as companhias a reduzir gastos e investimentos.
Carugati disse que a economia agora cresce ao ritmo de cerca de 1% por trimestre. Ele espera que o PIB argentino cresça “cerca de 3,4%” neste ano.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o crescimento argentino seja de cerca de 3% ao ano até 2021.
As reformas econômicas de Macri, como cortes de impostos e desregulação, fomentaram o crescimento no setor agropecuário e levaram a safras recordes. Investidores, por sua vez, preveem colocar mais dinheiro na mineração e nos serviços financeiros em 2017. Agora, há expectativa pela eleição legislativa de outubro, onde Macri deseja ter um resultado bom para convencer investidores de que suas políticas são sustentáveis no longo prazo. Fonte: Dow Jones Newswires.