O preço do barril de petróleo ultrapassou a marca dos US$ 50, ontem, com os temores dos investidores de que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) venha a cortar sua cota oficial de produção em 1 milhão de barris por dia em sua próxima reunião (16 de março). O barril não ultrapassava a marca dos US$ 50 desde o início de novembro do ano passado.
O barril para entrega em março (cujos contratos venceram ontem) negociado em Nova York chegou a US$ 50,65. Às 15h01 (em Brasília), estava cotado a US$ 50,60, alta de 4,65%. O barril do petróleo Brent estava cotado a US$ 48,44, alta de 1,71%.
Com o fim do inverno no Hemisfério Norte se aproximando, outros fatores começam a pressionar as cotações, como a possibilidade de um corte de produção da Opep e o dólar em queda livre.
O petróleo se torna, assim, mais barato para a compra nos países onde as moedas nacionais tem se apreciado em relação ao dólar.
O grande temor, no entanto, é a decisão que a Opep irá tomar no dia 16 do próximo mês. O presidente em exercício da Opep, xeque Ahmad Fahd al Sabah, disse ontem que o cartel não tem necessidade de cortar sua cota de produção, mas deve manter-se atento às oscilações do mercado.
?No momento, não temos que reduzir (a produção). Até agora, os preços estão muito elevados e devemos cooperar com os outros (produtores) em favor da estabilidade do mercado?, disse Al Sabah.
