Petróleo volta à casa dos US$ 65 o barril

O barril de petróleo voltou à casa dos US$ 65 ontem, com o retorno dos temores de escassez da commodity, após um incêndio na refinaria venezuelana Amuay e a greve na estatal Petroecuador no Equador. As tensões no Oriente Médio também pressionaram as cotações. O petróleo cru fechou cotado a US$ 65,35 em Nova York, alta de 3,3%. No International Petroleum Exchange, em Londres, o barril do petróleo Brent fechou negociado a US$ 64,36, alta de 3,1%.

O preço do petróleo chegou a atingir US$ 67,10 no último dia 12, mas havia recuado para os US$ 62 depois da divulgação do relatório de estoques do Departamento de Energia dos EUA, em que foi divulgada a previsão de que o consumo de gasolina no país deve cair no início de setembro.

A notícia de que um incêndio na refinaria de Amuay afetou a produção da refinaria (de cerca de 410 mil barris por dia), também afetou os preços da commodity. A produção de Amuay, que faz parte do Complexo Refino de Paraguaná – um dos maiores do mundo -, teria caído para 150 mil barris por dia. Segundo funcionários do governo do país, a operação na refinaria deve ser normalizada em 48 horas.

A Venezuela é o quinto maior exportador do produto e tem as maiores reservas fora do Oriente Médio.

A produção de petróleo no Equador caiu 95% para 10 mil barris por dia anteontem em decorrência de protestos.

O presidente do país, Alberto Palacio, disse que a estatal Petroecuador suspendeu as exportações do produto por causa dos fortes protestos no país. A greve na empresa equatoriana – iniciada na segunda-feira – paralisou toda a produção, de 200 mil barris diários.

Uma das exigências dos grevistas é que o governo renegocie os contratos com as empresas de petróleo estrangeiras que atuam no país. Mais da metade das exportações do Equador seguem para os EUA.

Ontem, autoridades jordanianas e israelenses afirmaram que supostos militantes atiraram três foguetes Katyusha de um depósito no porto de Ácaba – no mar Vermelho, próximo ao porto de Eilat, em Israel – em direção a dois navios militares dos EUA, atracados no local.

Os projéteis não atingiram o alvo e caíram em um depósito militar. Um soldado jordaniano morreu e outro ficou ferido. Foguetes Katyusha são geralmente adotados por grupos extremistas palestinos e também pelo Hizbollah (grupo extremista islâmico libanês que recebe apoio sírio e iraniano), em ataques contra Israel.

A tensão causada pelo Oriente Médio já afetava os investidores devido à retomada do programa nuclear iraniano, apesar dos protestos da União Européia.

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