Petróleo termina o dia em baixa com vendas de fundos

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) e na Bolsa Intercontinental (ICE, de Londres). Operadores disseram que a venda de contratos por fundos de hedge (que aplicam em ativos variados) e outros grandes especuladores contrabalançou o impacto da forte redução nos estoques de petróleo bruto e gasolina registrados na semana passada.

Segundo o Departamento de Energia dos EUA (DoE), os estoques de petróleo bruto sofreram uma redução de 4,1 milhões de barris na semana passada. Os estoques de petróleo em Cushing (Oklahoma), ponto de entrega para o produto negociado na Nymex, tiveram uma redução de 1,45 milhão de barris, na 11ª semana consecutiva de redução, ficando em 19,3 milhões de barris, nível mais baixo desde dezembro de 2005. Os estoques de gasolina tiveram uma redução de 1,7 milhão de barris e a taxa de utilização da capacidade das refinarias teve uma queda de 2,3 pontos porcentuais, para 91,3%. Os estoques de destilados (que incluem diesel e óleo combustível para calefação) tiveram um crescimento de 1 milhão de barris, para previsões de +1,8 milhão de barris.

Na Nymex, os preços tiveram alta forte logo depois da divulgação dos dados do DoE, mas ela foi momentânea, com os fundos de hedge aproveitando a alta dos preços para vender. "Há muitas posições especulativas ‘compradas’ (de aposta na alta) e os operadores estão vendo as altas momentâneas como oportunidades para vender. Isso ainda é uma decorrência do nervosismo que prevalece no mercado desde que a tendência de alta nos preços foi rompida", disse o analista Tom Bentz, do BNP Paribas.

Comentando a queda na taxa de utilização da capacidade das refinarias, o analista Tim Evans, do Citigroup, disse que "isso parece uma decisão operacional por parte das companhias, em reação à grande redução das margens de lucro ocorrida nos últimos dois meses, e não uma onda de suspensões não-planejadas da produção. O tema, aqui, é a tomada de decisões operacionais em reação a incentivos econômicos no mercado, e não uma falta de disponibilidade de petróleo bruto ou uma incapacidade física de produzir".

Na Nymex, os contratos de petróleo bruto para setembro fecharam a US$ 72,15 por barril, em queda de US$ 0,27, ou 0,37%; a mínima foi em US$ 71,85 e a máxima em US$ 73,20. Na ICE, os contratos do petróleo Brent para setembro fecharam a US$ 71,14 por barril, em queda de US$ 0,66, ou 0,92%, com mínima em US$ 70,61 e máxima em US$ 72,04. As informações são da Dow Jones.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo