Os contratos futuros de petróleo operam em alta nesta terça-feira, beneficiados por relatos de interrupção da oferta na Líbia. A alta, no entanto, é limitada por preocupações sobre o crescimento da China e dos estoques nos Estados Unidos, que têm mantido os preços oscilando dentro de uma faixa estreita nos últimos dias.
Às 9h38 (de Brasília), o Brent para maio subia 0,30%, a US$ 56,17 por barril, na Intercontinental Exchange (ICE), enquanto o WTI para maio avançava 0,36%, a US$ 53,39 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex).
Novos confrontos na Líbia fecharam seus dois maiores portos, impedindo o escoamento de cerca de 50 mil barris por dia. Paralelamente, uma greve de trabalhadores do setor no Gabão interrompe a maior parte da produção local, segundo um relatório do ANZ.
O relatório anual da Agência Internacional de Energia (AIE) também agradou investidores. Segundo o documento, a demanda mundial deve crescer cerca de 1,2 milhão de barris entre este ano e 2022. Por outro lado, os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) atingiram um nível recorde de 90% de cumprimento do corte combinado em sua produção. Este “primeiro corte é certamente um dos mais profundos na história das iniciativas de corte da produção da Opep”, disse a agência.
Para Olivier Jakob, da Petromatrix, a maioria da demanda global será suprida pelo aumento da produção fora da Opep nos próximos dois anos.
Os ganhos só não foram maiores porque restam dúvidas sobre a velocidade da retomada da produção norte-americana, onde os estoques apresentam tendência de alta nas últimas semanas. Além disso, a perspectiva de que a economia chinesa continuará desacelerando este ano pesa sobre a negociação da commodity. Fonte: Dow Jones Newswires.