Os contratos futuros de petróleo terminaram em baixa, em meio às previsões de aumento nos estoques comerciais de derivados de petróleo nos EUA. Segundo uma pesquisa da Dow Jones com analistas do setor de energia, os dados semanais que o Departamento de Energia divulga amanhã devem mostrar um aumento de 2 milhões de barris nos estoques de gasolina, para 203,5 milhões de barris. Os estoques de destilados, que incluem óleo para calefação e óleo diesel, devem aumentar em 1,5 milhão de barris, para 123,8 milhões de barris na semana encerrada em 8 de junho, de acordo com a previsão de 10 analistas.
Se confirmado, o aumento marcaria a sexta expansão consecutiva dos estoques e diminuiria as atuais preocupações sobre a capacidade das refinarias para atender à demanda por combustível no verão. Além disso, os operadores não estariam dispostos "a assumir qualquer posição significativa antes de um relatório tão importante", segundo Zach Oxman, que opera com a Wisdom Financial.
A queda desta terça-feira (12) nos contratos futuros reverteu grande parte dos ganhos de ontem, que por sua vez se seguiram a uma forte baixa na sexta-feira. A recente volatilidade nos preços do petróleo foi parcialmente exacerbada pelos baixos estoques de gasolina dos EUA, disse o presidente da firma de assessoria de trading Cameron Hanover, Peter Beutel. Depois de caírem durante três meses seguidos no começo do ano, em meio à interrupção no funcionamento das refinarias, os estoques de gasolina subiram nas últimas cinco semanas, mas permanecem abaixo de sua média histórica.
"Temos muita volatilidade no mercado devido aos baixos estoques de gasolina, baixa utilização das refinarias e estoques de petróleo bruto relativamente grandes", disse Beutel. De acordo com o analista, se os estoques de gasolina apresentarem grande crescimento no relatório de amanhã, "teremos visto as máximas da gasolina para o restante do ano".
Os contratos de petróleo para julho caíram US$ 0,62, ou 0,94%, na Bolsa Mercantil de Nova York, fechando em US$ 65,35 por barril. A mínima foi de US$ 64,87 e a máxima, de US$ 66,08.
No sistema eletrônico da Bolsa Intercontinental, de Londres, os contratos de petróleo Brent para julho fecharam em US$ 68,79 por barril, em baixa de US$ 0,77. A mínima foi de US$ 68,30 e a máxima, de US$ 69,62. As informações são da Dow Jones.