Dez anos após a abertura do mercado brasileiro de petróleo, o País terá, pela primeira vez, um projeto de produção de grande porte totalmente privado. A norte-americana Devon prevê para julho, mesmo mês em que foi editada a lei que pôs fim ao monopólio estatal, o início das operações do campo de Polvo, na Bacia de Campos, de onde vai extrair 50 mil barris por dia. O feito deve servir como munição para grupos que defendem um maior controle sobre as reservas nacionais.

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O campo de Polvo foi descoberto há dois anos, em uma área exploratória arrematada pela Devon e pela petroleira sul-coreana SK na 2.ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em 2000. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), há, no local, quatro reservatórios com 348 milhões de barris de petróleo, dos quais, segundo o mercado, cerca de 100 milhões são recuperáveis. Há ainda 575 milhões de metros cúbicos de gás natural, que serão usados como combustível na plataforma.

Por se tratar de um campo pequeno, a Devon espera concluir as operações em Polvo já em 2012 – período curto se comparado aos 20 anos de vida útil de alguns projetos da Petrobras. A companhia informou que ainda não decidiu o que fazer com a produção, que pode ser vendida à Petrobras ou enviada ao mercado internacional.

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