Os contratos futuros de petróleo operam em alta nesta manhã, beneficiados por expectativas com o início dos cortes acordados em outubro passado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros países não membros. Investidores aguardam também os dados de estoques do Departamento de Energia (DoE).
Às 10h20 (de Brasília), o contrato para março do Brent operava em alta de 0,81%, a US$ 56,92 por barril, na Intercontinental Exchange (ICE) o WTI para fevereiro subia 0,77%, a US$ 53,68 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex).
Os preços da commodity subiram cerca de 25% desde o anúncio do acordo entre membros e não membros da Opep para cortar coletivamente a produção e acelerar o reequilíbrio do mercado. Hoje, a Saudi Aramco, a petrolífera estatal da Arábia Saudita, anunciou que vai elevar os preços do petróleo vendido para clientes do Extremo Oriente em fevereiro, num sinal de que o país se prepara para começar a reduzir sua produção.
Os preços do petróleo super leve para o Extremo Oriente subirá US$ 0,40 por barril, informou a Saudi Aramco, enquanto o do extra leve avançará US$ 0,45. Já o do petróleo light subirá US$ 0,60 por barril e o do pesado e médio, US$ 0,50.
“O maior fator de crescimento da oferta no ano passado foi a Opep. Isto não deve acontecer esse ano, o que deve impulsionar os preços”, disse Seth Kleinman, analista do Citigroup, acrescentando que esse movimento é limitado pela volta dos produtores do xisto nos Estados Unidos.
Além disso, operadores aguardam os dados dos estoques do DoE, que devem cair, segundo expectativa de analistas consultados pela Dow Jones Newswires. Ontem, a American Petroleum Institute (API, uma associação de refinarias), divulgou que o volume de petróleo bruto estocado nos EUA diminuiu 7,4 milhões de barris na semana passada, mas os estoques de gasolina e de destilados cresceram.
Paralelamente, o México sofre uma onda de protestos após o governo elevar os preços do combustível em 20% no país. Manifestações e bloqueios em rodovias continuam a acontecer por todo o país, e mais de 160 pessoas já foram presas. (Marcelo Osakabe, com informações da Dow Jones Newswires)