Qualquer acontecimento é motivo para ?balançar? os preços internacionais do petróleo. O barril do produto atingiu o preço recorde de US$ 62,30 durante as negociações de ontem na Bolsa Mercantil de Nova York, afetada pelo temor de escassez de combustíveis nos EUA e, em menor escala, pela morte do rei Fahd, da Arábia Saudita. O barril para entrega em setembro, negociado em Nova York, fechou em alta de 1,65%, cotado a US$ 61,57.

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Com o crescimento do consumo do petróleo em todo o mundo, principalmente na China, além do alto consumo nos EUA, e a pouca capacidade ociosa ainda disponível nos países produtores, os temores de escassez de combustíveis estão constantemente na tela dos investidores.

O rei Fahd estava afastado do poder desde 1995, quando sofreu um derrame cerebral. Ele foi internado em 28 de maio último no hospital que leva seu nome em Riad para se submeter a diversos exames médicos. Segundo fontes não-oficiais, o monarca sofria de problemas respiratórios, e precisava ser operado para fazer uma traqueostomia.

A transição do poder na Arábia Saudita – onde ficam as maiores reservas mundiais de petróleo -, no entanto, não abalou tanto o mercado, com a expectativa de que a política do país para a prospecção e comercialização da commodity não irão mudar, disse o embaixador saudita no Reino Unido, príncipe Turki bin al Faisal.

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Nos EUA, no entanto, os investidores acompanham com atenção o desempenho das refinarias, que sofreram interrupções em sua produção nas últimas semanas devido à passagem de furacões na região do golfo do México.

Com o consumo mundial perto dos 84 milhões de barris diários e capacidade ociosa abaixo dos dois milhões de barris por dia, qualquer freada na produção pode afetar o fornecimento da commodity.

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Somando-se a tudo isso, a situação no Irã, devido ao programa nuclear do país, também é causa para preocupação. O governo do país descartou hoje a possibilidade de voltar a suspender totalmente suas atividades nucleares, mesmo frente a uma possível intervenção militar dos EUA ou dos países europeus, além das ameaças de sanções que podem ser impostas pela ONU (Organização das Nações Unidas). O Irã é o segundo maior exportador de petróleo na Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).