O preço do petróleo recuou no fechamento de ontem, depois de ter atingido durante o dia a marca recorde de US$ 49,74 na Bolsa Mercantil de Nova York. É o maior valor já registrado desde que o petróleo passou a ser negociado em Nova York, em 1983.

O barril do petróleo cru para entrega em novembro, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, encerrou o dia em alta de 1,55%, cotado a US$ 49,64. O valor também é o maior em um fechamento de pregão. O recorde anterior havia sido registrado no dia 20 de agosto, quando chegou a US$ 49,40 durante o dia.

O crescimento global da demanda pelo produto aumenta o temor de uma possível escassez no mercado mundial.

Ao mesmo tempo, a situação de insegurança no Iraque e na Nigéria só faz aumentar a preocupação dos investidores. Os estoques de petróleo dos EUA também se encontram nos níveis mais baixos dos últimos 29 anos.

Na semana passada, foi divulgada uma queda de 9,1 milhões de barris nos estoques, e nesta semana os níveis devem continuar a cair.

Reservas estratégicas

A Casa Branca anunciou ontem que a reserva estratégica de petróleo dos EUA não deve ser utilizada para “manipular preços”.

O Departamento de Energia dos EUA, segundo a Casa Branca, ainda avalia a possibilidade de disponibilizar petróleo da reserva estratégica do país, segundo a agência de notícias France Presse.

O porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, disse que o governo acompanha de perto a evolução dos preços do barril, mas que “a reserva estratégica do país não deve ser utilizada para manipular os preços nem para objetivos políticos”. “(As reservas) são para emergências nacionais”, disse McLellan.

O departamento considera pedidos feitos por algumas das refinarias do golfo do México, que tiveram sua produção interrompida com a passagem do furacão Ivan pela região.

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