O petróleo fechou em forte apreciação nesta quinta-feira (20), atingindo seu quarto recorde seguido no dia do vencimento do contrato de outubro. Os renovados temores de temporais no Golfo do México fizeram operadores realocarem suas posições. Depois de alguma estabilidade pela manhã, o petróleo retomou a alta acelerada, enquanto operadores que haviam apostado em queda dos preços após três recordes consecutivos começaram a comprar para cobrir posições.
O recente avanço do petróleo é uma continuidade de um movimento de elevação mais amplo da commodity iniciado há quatro anos, mas que havia realizado uma pausa no início deste ano, disse Mike Fitzpatrick, analista da MF Global em New York. Os fatores que empurram os preços do petróleo para cima continuam os mesmos, disse Fitzpatrick. "A oferta apertada e a demanda muito alta, os problemas geopolíticos e a entrada de interesses especulativos no mercado", citou.
A Royal Dutch Shell, Anadarko Petroleum, BP PLC, ConocoPhillips e Exxon Mobil Corp retiraram funcionários e fecharam parte da produção. Os centros de previsões meteorológicas do governo dos EUA acreditam que a tempestade pode se fortalecer no Golfo. Mas, mesmo se se tornar o furacão Jerry, a tempestade não deve se transformar num furacão devastador. A infra-estrutura de energia no Golfo tem historicamente suportado todos os furacões, exceto os mais fortes, sem danos consideráveis, o que significa que as suspensões desta quinta-feira são sobretudo preventivas.
O petróleo para entrega em outubro terminou com elevação de US$ 1,39, ou 1,70%, em US$ 83,32 o barril, após atingir o recorde verificado no decorrer do dia de US$ 84,10. Os volumes negociados no contrato de outubro, que vence nesta quinta-feira, foram fracos. O contrato de novembro, próximo contrato futuro, subiu US$ 0,93, em US$ 81,78. O Brent para novembro terminou em alta de US$ 0,62 ou 0,79%, em US$ 79,09 o barril na eletrônica ICE, em Londres. As informações são da agência Dow Jones.
