O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse hoje que, com a tecnologia atual, é possível afirmar que a produção do petróleo do pré-sal é economicamente viável, mesmo que o preço do barril esteja “um pouco abaixo” de US$ 45 o barril. “Do ponto de vista econômico, hoje o pré-sal já é viável e será ainda mais rentável com um maior conhecimento que nós teremos da sua capacidade”, disse Gabrielli, no seminário sobre “O pré-sal e o futuro do Brasil”, em Brasília.

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Segundo o presidente da Petrobras, a estatal tem hoje 14 bilhões de barris de reservas provadas. Além disso, existe a possibilidade de os campos de Tupi, Iara, Guará e Parque das Baleias terem uma produção entre 10,6 bilhões e 16 bilhões de barris. “Podemos, no médio prazo, levar as reservas disponíveis de 14 bilhões para 25 bilhões só com as áreas já conhecidas”, afirmou.

Gabrielli disse ainda que não haverá mudanças significativas na matriz energética mundial nos próximos 30 anos, mesmo considerando que há um movimento de redução na produção de combustíveis fósseis, para aliviar os problemas climáticos. “Nós consideramos, talvez infelizmente, que o petróleo, o carvão e o gás natural vão manter a mesma proporção, como fonte primária de energia, que temos hoje”, afirmou o presidente da Petrobrás. Segundo ele, mudanças nessa área são de longo prazo, porque dependem de alterações nas frotas.

O executivo também disse que a descoberta de alternativas energéticas economicamente viáveis ainda não têm um horizonte claro. “Achamos que haverá déficit provável se a demanda ficar nos níveis atuais. Se não houver introdução de novas tecnologias, (o déficit) em 2030 será entre 45 milhões e 65 milhões de barris/dia, somente como resultado do declínio da produção”, afirmou. Para Gabrielli, haverá espaço para novas áreas de produção e melhora das tecnologias existentes.

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