Petróleo cai em Nova York com temor de redução na demanda

Os contratos futuros de petróleo chegaram ao fim do dia em leve baixa na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) e em alta moderada na Bolsa Intercontinental (ICE, de Londres). Operadores disseram que uma alta nos futuros de gasolina na Nymex não foi capaz de contrabalançar o temor de que a turbulência nos mercados de crédito e de ações possa levar a uma redução na demanda norte-americana por petróleo bruto.

Os futuros de gasolina subiram em reação ao informe de que a retomada da produção na refinaria da ConocoPhillips em Linden (Nova Jersey), prevista para esta sexta-feira (10), foi adiada por motivos operacionais. Em reação a isso, os contratos de gasolina para setembro subiram 1,08%. "Acho que os contratos da gasolina para setembro são a chave. Enquanto um dos elementos do complexo petróleo conseguir sustentar os preços, o complexo como um todo ainda poderá subir", comentou Jim Ritterbusch, da Ritterbusch & Associates.

Os contratos de petróleo bruto negociados na Nymex mantiveram-se abaixo dos US$ 71 por barril ao longo de quase todo o dia, refletindo o temor de que o aperto de crédito possa ser mais grave do que se previa. As três injeções de liquidez nos mercados pelo banco central dos EUA aliviaram os temores, o que permitiu que os preços do petróleo recuperassem algum terreno no fim da sessão.

"As retenções de crédito que estamos testemunhando são sérias e, se não interrompidas, vão inibir a expansão das empresas e as fusões e aquisições. Além disso, o fato de os provedores de crédito estarem demandando juros mais altos deverá exacerbar as condições para a tomada de empréstimos, o que poderá levar a uma desaceleração perceptível no crescimento econômico global", disse o analista Edward Meir, da MF Global.

Na Nymex, os contratos de petróleo bruto para setembro fecharam a US$ 71,47 por barril, em baixa de US$ 0,12, ou 0,17%; a mínima foi em US$ 70,10 e a máxima em US$ 71,67. Na ICE, os contratos do petróleo Brent para setembro fecharam a US$ 70,44 por barril, em alta de US$ 0,23, ou 0,33%, com mínima em US$ 68,95 e máxima em US$ 70,50. As informações são da Dow Jones.

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