Cerca de 380 funcionários da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), localizada em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, realizaram greve das 23h30min da última segunda-feira às 23h30min de ontem. Durante a manhã, alguns trabalhadores permaneceram em protesto em frente ao portão principal da refinaria.

Os manifestantes pediam o fim das terceirizações dentro da Petrobras e a contratação de novos funcionários próprios em diversas unidades da empresa, inclusive na Repar. “A Petrobras, em todo Brasil, tem cerca de 37 mil trabalhadores próprios e cerca de 120 mil terceirizados. Isso gera uma série de problemas, como falta de qualificação de pessoal e grande rotatividade de trabalhadores”, afirmou o operador da Repar, diretor do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e presidente da Central Única dos Trabalhadores no Estado (CUT-PR), Roni Anderson Barbosa.

Segundo Roni, no acordo coletivo de trabalho, fechado entre os funcionários e a Petrobras em setembro de 2003, ficou combinada a criação de grupos de trabalho dentro da empresa para discutir a redução das terceirizações. Os grupos foram criados, realizaram uma série de reuniões, mas até agora não teriam conseguido resultado algum.

Outras reivindicações seriam a equiparação das condições dos trabalhadores novos na empresa com os antigos – sendo que os recém-concursados estariam sem direito a anuênio e fundo de pensão – e o pagamento adequado da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) da empresa, que deve acontecer ainda neste mês de junho.

Também realizaram paralisação de 24 horas funcionários da unidade da Petrobras em Paranaguá, no litoral do Paraná, e nas unidades de São Francisco do Sul, Itajaí, Guaramim e Biguaçu, em Santa Catarina. A Usina do Xisto, em São Mateus do Sul (PR), promoveu atrasos em seus turnos de trabalho.

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